"Bata na porta e eu abrirei”.
Desde criança, me perguntei: Se Jesus sabia que iria morrer, por que não fugiu?
Ele profetizou sua morte quatro vezes no Novo Testamento e anunciou seu sofrimento antes de seguir para Jerusalém.
EQM – Experiência de Morte: EU VI A MINHA MORTE.
Canoinhas, 13 de agosto de 2018.
Meu carro estava estacionado num parque movimentado e arborizado. Ao me aproximar, notei uma figura masculina e sombria rondando e inspecionando o interior do meu carro várias vezes. Uma onda de irritação me invadiu. Eu me aproximei dele e disse, com uma voz firme e irritada: 'Pare de rondar meu carro, eu estou te vendo.'
Minha irritação se transformou em fúria enquanto eu entrava no carro. Liguei-o e, sem pensar, comecei a manobrar de ré. Pisei no acelerador até o fundo, minha respiração acelerada e meu coração batendo violentamente. Olhei pelo retrovisor e vi as expressões de pânico das pessoas atrás do carro, erguendo as mãos até os olhos em terror.
Novamente olhei pelo retrovisor e vi as mesmas pessoas levantando as mãos até a cabeça, horrorizadas pelo erro que eu estava prestes a cometer.
Ainda em movimento, entrei de ré numa avenida movimentada. Então, um clarão ensurdecedor. O choque foi tão intenso que a morte foi instantânea. Não senti as dores do acidente.
O QUE EU OUVI: O som de um gongo imenso e estrondoso, mas o retinir do som foi abruptamente interrompido, deixando uma sensação de incompletude que me perturbou profundamente.
O QUE EU SENTI: Uma dor intensa e ardente invadiu minhas costas, na região superior da coluna e na nuca, como se minha alma estivesse sendo arrancada do meu corpo.
O QUE EU VI: Apenas um clarão, uma luz intensa e vibrante, uma fonte de poder imensurável.
O QUE EU PERCEBI: Eu estava desprovida de corpo, sem mãos, pés, coração ou cérebro. Era apenas espírito, e minha consciência estava sendo violentamente puxada para cima, numa corrente de fluxo em direção ao céu.
O QUE EU PENSEI: Uma consciência dolorosa de que eu tinha destruído tudo. Não havia mais volta. Eu tinha morrido. Vi a imagem dos meus projetos inacabados na bancada do escritório.
Então tive a visão de minhas filhas na beira de uma calçada, observando o local do acidente, inundadas de tristeza e chorando em desespero. Senti uma dor profunda e implacável, e pedi perdão a elas por terem que passar pela experiência do velório e viver a dor do luto pela minha morte.
"Então, em um forte solavanco, acordei."
A FORÇA DO TRAUMA DA EXPERIÊNCIA: Após uma semana trancada em casa, em estado de choque e sem querer dirigir, temendo que a experiência realmente acontecesse, comecei a encontrar testemunhos nas mídias de outras pessoas que tiveram experiências de EQM. Isso me acalmou, considerando a possibilidade de que tudo aquilo fosse apenas uma experiência e não um sonho de pré-ciência de futuro.
- Percebi que não senti felicidade por estar indo em direção à luz. Senti tristeza por ter perdido a oportunidade de estar viva na Terra. Percebi que o PROPÓSITO DA VIDA é aproveitar ao máximo as oportunidades de estar vivo aqui, pois eu não queria partir.
- Percebi que tinha perdido tudo pela FALTA DE AUTOCONTROLE. A força da emoção me cegou, tirando meu discernimento, e por isso eu perdi tudo. Mesmo subindo em direção à luz e estando na luz, senti no fundo do coração o quanto eu queria ficar.
- E percebi também que seria impossível permanecer dentro daquela fonte de luz e poder. Foram segundos dentro da luz, mas aprendi o TEMOR DO ESPLENDOR, e a frase “FELIZ É QUEM TEME A DEUS" ganhou vida para mim.
"Aquele dia, que você teme como sendo o fim de todas as coisas, é o nascimento de sua eternidade."
- Sêneca
"Michele Peruci, mestra em Ciência Quântica, a Ciência da Consciência com ênfase em saúde, felicidade e prosperidade. Atualmente, doutorando e atuante como Pesquisadora da Consciência, focada nos estudos da natureza da manifestação da realidade, fenômenos e os limites da consciência humana, integrando ciência e espiritualidade."