No Livro Tibetano do Viver e Morrer, aprendemos que a morte é mais do que um instante de partida: ela é um reflexo do modo como vivemos cada dia. Nessa perspectiva, a transição final não ocorre apenas no leito de morte, mas em cada escolha, ação e pensamento que cultivamos ao longo da vida. Se carregamos amor, compaixão e sabedoria, partimos em paz, mas, se acumulamos medo, apego e rancor, enfrentamos o tormento final. Assim, o convite não é apenas para pensar no fim, mas para transformar o presente, pois morremos do jeito que vivemos.
- O AVARENTO em vida morre sem jamais desfrutar do que acumulou, prisioneiro de sua própria cobiça.
- O EGOÍSTA sem amigos em vida morre cercado pela solidão.
- O PESSIMISTA em vida morre acreditando que o fim é só escuridão.
- O RANCOROSO em vida morre sem perdão, mesmo para si.
- O ORGULHOSO em vida morre vazio, sem amor ou compaixão.
- O PREGUIÇOSO em vida morre sem realizações, consumido pelo tempo perdido.
- O COVARDE em vida morre sem ter vivido.
- O MENTIROSO em vida morre em desconfiança, sem ninguém em quem acreditar.
- O DESCONFIADO em vida morre cercado de falsidade, sem jamais confiar.
- O DESONESTO em vida morre desprovido de tudo que tentou acumular.
- O VIOLENTO em vida morre imerso na violência, sem paz para si.
- O INVEJOSO em vida morre sem prazer, consumido pela cobiça do que não lhe pertence.
- O INGRATO em vida morre sem consolo, incapaz de reconhecer o valor do que recebeu.
- O ARROGANTE em vida morre esquecido, sem quem o admire ou respeite.
- O IMPACIENTE em vida morre aflito, sem jamais ter aprendido a esperar.
- O MATERIALISTA em vida morre vazio, carente de valores que o dinheiro não pode suprir.
- O DESLEAL em vida morre isolado, sem companheiros para confiar ou confiar nele.
- O CRÍTICO em vida morre insatisfeito, cego à beleza que insistia em condenar.
- O TEIMOSO em vida morre empacado, sem abrir espaço para crescer com as mudanças.
- O SUPERFICIAL em vida morre raso, sem laços profundos ou conhecimentos sólidos.
- O VINGATIVO em vida morre amargurado, incapaz de romper o ciclo do ódio.
- O PACIENCIOSO, em vida, morre em paz, pois acolheu o tempo como aliado e entendeu que cada momento tem seu valor.
- O GENEROSO, em vida, morre realizado, pois descobriu a alegria que brota ao dividir o que possui.
- O ALTRUÍSTA, em vida, morre em plenitude, consciente de que seu amor ao próximo fez a diferença.
- O OTIMISTA, em vida, morre esperançoso, certo de que cada despedida traz consigo a semente de um novo começo.
- O PERDOADOR, em vida, morre liberto, sem correntes de mágoas e com o coração aberto para a reconciliação.
- O HUMILDE, em vida, morre cercado de afeto, pois valorizou todos ao seu redor sem se colocar acima de ninguém.
- O DEDICADO, em vida, morre vitorioso, colecionando as conquistas que só o esforço genuíno pode trazer.
- O CORAJOSO, em vida, morre eterno, pois viveu cada dia plenamente, sem temer o que estava por vir.
- O SINCERO, em vida, morre confiado, pois construiu laços verdadeiros que permanecem além do tempo.
- O PACÍFICO, em vida, morre sereno, envolto pela harmonia que cultivou e transmitiu a todos que encontrou.
- O COMPASSIVO, em vida, morre acarinhado, pois tornou o mundo mais gentil com cada gesto de ternura.
- O RESILIENTE, em vida, morre inabalável, tendo erguido pontes sobre cada desafio que enfrentou.
- O HONESTO, em vida, morre digno, conquistando a confiança e o respeito de todos ao seu redor.
- O PERSEVERANTE, em vida, morre realizado, colhendo no último suspiro os frutos de seu esforço constante.
- O GRATO, em vida, morre abençoado, pois multiplicou cada dádiva ao expressar sincera gratidão.
- O EMPÁTICO, em vida, morre conectado, unindo corações e almas pelo poder da compreensão profunda.
- O JUSTO, em vida, morre em paz, carregando a leveza de uma consciência pautada pela retidão.
- O SOLÍCITO, em vida, morre lembrado, deixando um legado de generosidade e presença na vida de quem amou.
- O ENTUSIASTA, em vida, morre iluminado, sustentando o brilho da curiosidade até o último instante.
E a IMORTALIDADE DA ALMA se conquista através da sabedoria, pois
- O SÁBIO, em vida, morre imortal, pois suas lições continuam a ecoar na memória dos que ficam.